Há algumas semanas, a Anjos do Brasil realizou no InovaBra Habitat um evento chamado Angel Talks. Para desmistificar o tema de investimento anjo, convidamos empreendedores do ecossistema do Habitat para conversar com investidores da rede da Anjos do Brasil e empreendedores que já receberam aporte.
Dividimos em três posts o que as investidoras Aline Souza e Cláudia Lopes, junto com os empreendedores João Kraemer, empreendedor da Nnatho Technologies, e Marcos Ramos, da Easy Crédito, mediados pela Diretora Executiva da Anjos do Brasil responderam sobre as perguntas dos presentes.
Esta é a terceira e última parte do relato desta edição do Angel Talks. Leia abaixo como foi o encerramento do evento quando o pessoal conversou sobre conjuntura econômica e motivações para a realização de investimento anjo.
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A dúvida sobre qual é o melhor momento para realizar vesting surgiu. Vesting, segundo a definição em https://www.dicionariofinanceiro.com/vesting/, é um instrumento contratual popularizado pelas startups que prevê uma aquisição progressiva de direitos sobre o negócio. Na prática, ele busca garantir que a participação de fundadores e funcionários nas ações da empresa seja compatível com o envolvimento real que eles tiveram no seu crescimento e sucesso. Para essa pergunta, foi unânime que o melhor momento para isso é antes do recebimento de recursos de investidores.
Também foi discutido qual é o momento do ciclo de vida das startups no qual os investidores mais se interessam por investir. Todos concordaram que é extremamente raro o investimento na fase de ideação. O maior volume dos investimentos é realizado quando a organização já passou da fase de MVP e já está faturando, mesmo que muito pouco.
Por fim, para encerrar a conversa, uma pergunta mais relacionada a conjuntura econômica global gerou uma boa discussão. Um dos presentes pediu para que fosse comentado esse momento de euforia no ecossistema de inovação. Ele trouxe como contraponto os resultados do mercado de capitais e o resultado da bolsa de valores brasileira. Considerando que o investimento na Bovespa já é um investimento de risco e o mercado já está mais contido. Como ou por que incentivar o investimento anjo em um momento econômico tão conturbado e incerto?
É em momentos de crise, que historicamente, os grupos de investimento anjo crescem e se destacam. Nos últimos três anos, por exemplo, a Anjos do Brasil dobrou de tamanho e nasceram e cresceram o GVAngels, o InsperAngels entre outras redes e grupos de investidores brasileiros.
No contexto de crise da Grécia, Espanha, Portugal e EUA, os investimentos anjo subiram: onde há crise, há oportunidade de transformação.
Além disso, uma característica importante do investimento anjo é que essa modalidade de investimento não visa apenas o retorno financeiro, Há muitas maneiras mais fáceis e seguras de ter retorno financeiro. O investimento anjo é uma aposta em transformação, inovação e construção de soluções que tragam soluções mais baratas, mais efetivas e mais inteligentes para problemas reais da sociedade.
O risco da euforia no setor é nos encantarmos pelo empreendedorismo de palco. Sair na mídia, aparecer em revistas e dar entrevistas televisivas devem ser ferramentas para o desenvolvimento das startups e não um movimento pelo movimento.
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