A Flapper, primeiro marketplace de aviação executiva no Brasil, anunciou hoje um round de R$ 3 milhões, encabeçado pela gestora brasileira Confrapar e pela Travel Capitalist Ventures – fundo global de Venture Capital com escritórios na Califórnia, Catar, Dubai e África do Sul. Esse montante complementa o capital anteriormente investido por investidores da rede da Anjos do Brasil, pelo investidor Fábio Cristilli, pela aceleradora ACE e pelos próprios fundadores, sendo o primeiro de dois rounds previstos para o ano 2018.
A Flapper foi lançada no início de 2016, com uma missão particularmente ambiciosa: democratizar a aviação executiva por meio da tecnologia. A ideia nasceu como uma resposta para a falta de serviço de primeira classe na aviação comercial. Como viajavam muito, os sócios perceberam que existe um nicho pouco explorado de voos compartilhados na aviação executiva brasileira. Na época, Malicki atuava como CMO e sócio da Easy Taxi ― posteriormente adquirida pela Cabify. Os cofundadores Arthur Virzin, Iago Senefonte e William Oliveira faziam parte da equipe de desenvolvimento da Qiwi Brasil, fintech russa de pagamentos que passou a ser cotada na Nasdaq a partir de 2013. Arthur liderou a equipe de tecnologia desde 2011, no começo das operações da empresa no País.
Hoje, o Brasil possui 2.457 aeroportos, sendo que apenas 121 deles têm ligação sistemática entre duas cidades. O País é considerado o segundo maior mercado de aviação privada do mundo ― o primeiro lugar é ocupado pelos Estados Unidos. Contudo, somente 22% de todos os voos são de táxi aéreo. Falta de tecnologia, compartilhamento e estratégia de distribuição eficaz tornam o mercado de táxi aéreo subutilizado, com potencial para crescer o dobro nos próximos três anos. As pesquisas da Flapper mostram, ainda, que o Brasil tem mais de 400 mil potenciais clientes para aluguel de aeronaves. Considerando a venda por assento, o número é ainda mais animador: são 2,7 milhões de pessoas com potencial poder de compra.
Até o momento, a Flapper possui rotas entre capitais (São Paulo e Rio de Janeiro) e as cidades de Búzios e Angra dos Reis. A empresa pretende lançar voos para Belo Horizonte já no final deste ano. O preço médio por assento das viagens varia entre R$ 300 e R$ 600 nos trechos para o litoral e R$ 750 nas rotas das capitais.
Ao baixar o aplicativo, o cliente se cadastra e escolhe o destino de preferência. Com isso, o sistema disponibilizará os jatos para um número determinado de passageiros, assim como os aeroportos disponíveis. O usuário pode escolher a aeronave, o número de assentos que deseja, o horário do voo disponível e a forma de pagamento, finalizando a compra no próprio aplicativo. Os voos são postados com horários sugeridos de partidas, sendo que os dois primeiros passageiros têm o direito de escolher aquele que melhor atenda à sua necessidade. Isso, juntamente com a obrigação de operar dentro de rotas que envolvam pelo menos um "aeroporto não comercial", permite que a Flapper opere de acordo o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil nº 135 (RBAC 135).
O aplicativo também permite alugar um avião ou helicóptero sob demanda, com preços e pagamentos em tempo real. O mercado corrente de táxi aéreo funciona exclusivamente com um sistema de cotação, sem informação de preços. A nova plataforma já agrega mais de 100 aeronaves com homologação TPX para fretamento.
Outra opção inovadora são as “empty legs”, ou pernas vazias, que são ofertas de voos por preços entre 40% e 50% mais baratos do que o normal. De acordo com a empresa, essas ofertas ocorrem quando uma aeronave é solicitada para um determinado local, e, para evitar trechos sem ocupação na volta, o aplicativo oferece descontos. Em geral, esses assentos esgotam-se em, no máximo, duas horas. Com isso, os usuários podem encontrar voos ocasionais entre Belo Horizonte e Brasília ou Porto Alegre, por exemplo, a um custo de R$ 350 a R$ 800.
Conheça mais em www.flyflapper.com