O Office Hours foi um dos temas abordados em 2018, o painel é uma simulação do que acontece de verdade nos Encontros de Investidores e teve a dinâmica conduzida por Cassio Spina, presidente fundador da Anjos do Brasil, com a participação de investidores da rede que compartilham suas percepções em relação ao pitch apresentado pelas startups com base em sua experiência e ponto de vista como investidor. A Lá Vem Bebê e a Unpark foram as startups que participaram do painel em 2018, após apresentarem seus pitches, os empreendedores ouviram as dicas e perguntas dos investidores.
Questões como “o que você espera do investidor anjo além de investimento de capital” foram feitas. Neste ponto, Smart Money foi um dos pontos abordados pelo empreendedor Michel Zreik da Lá Vem Bebê que mostra como investimento anjo vai além de capital: “O investidor não ajuda só na parte de desenvolvimento, mas também de parcerias: abrir portas, abrir negociações com fornecedores que tenham um pouco mais de peso”. Outro ponto importante levantado pelos investidores foi relacionado à equipe, com a pergunta “Como é que vai ser a equipe pra entregar isso? Qual o tamanho da equipe e como vai ser o crescimento?” em relação aos dois modelos de negócios apresentados pelo empreendedor, que prontamente, explicou que parte significativa do investimento seria direcionada para contratação de equipe. “Alguém da equipe é pai e já passou por todo esse momento dw2e gravidez?” foi outro ponto abordado pelos investidores. Entender o mercado onde o projeto está sendo inserido é de suma importância!
O raciocínio lógico das perguntas dos investidores é explicado por Cassio Spina, que como mediador do painel, ressalta a importância de entender a fundo cada um dos cenários apontados. “Os investidores fazem muitas perguntas, o empreendedor deve, na medida do possível, saber respondê-las. Se não tiver a resposta pronta, pode dizer que precisa checar melhor os dados, tomando o cuidado de sempre retornar para o investidor posteriormente, isto mostra seriedade e comprometimento”.
Aproveitamos para ressaltar alguns pontos importantes no pitch:
- Equipe: Uma das perguntas recorrentes dos investidores. Avaliar qual a dedicação de cada um dos sócios em relação a sua participação acionária é um ponto que todo investidor olha. Assim, no momento da constituição da sociedade, é importante discutir como será o comprometimento dos sócios e definir inclusive qual será o acordo se um dos sócios decidir sair da startup. O valor do empreendedor está na execução! É importante se preocupar com isso.
- Geração de receita: ter clareza do modelo de negócio e geração de receita faz toda a diferença. Quanto mais disruptivo um negócio, mais difícil é ter isto claro, mas raramente se investe se não há um cenário definido de como a startup vai ganhar dinheiro.
- Foco: muitas vezes o empreendedor vê muitas possibilidades para sua startup e quer abordar vários modelos de negócio ou mercados ao mesmo tempo. Como execução é o que importa, os investidores preferem uma abordagem mais definida. Se for diferente, esta é uma questão que precisa de boa fundamentação – e não só no argumento – mas demonstrando como será executado.
- Mercado: empreendedores que têm vivências reais no mercado da startup tem mais capacidade de entender seus clientes e suas necessidades. Espera-se que conheçam profundamente o mercado no qual irão atuar.
Quer receber mais dicas como essas? Continue acompanhando nosso blog e as novidades que divulgamos nas nossas redes sociais. Em breve, divulgaremos a segunda parte do painel e mais dicas relacionadas ao raciocínio do investidor quando assiste um pitch.